Vou dar de bandeja ao prefeito dos prefeitos do Clube dos Prefeitos o mapa da mina do sucesso da Administração do Clube dos Prefeitos. Duvido que Marcelo Lima, prefeito de São Bernardo, aceite. O prefeito dos prefeitos que vai ser consagrado nesta terça-feira em cerimônia reservada aos bem-aventurados do Poder Público Municipal, em reunião do Clube dos Prefeitos, não pode romper com o proselitismo comum da classe dos mandachuvas e mandachuvinhas da região. Está tudo tomado e sacramentado.
Essa turma nem disfarça: a eleição de Marcelo Lima à presidência do Clube dos Prefeitos foi tratada antes mesmo de ganhar a eleição para prefeito de São Bernardo. Tudo faz parte do show. Qual é o problema de tratar tudo isso com transparência?.
Tomara que esteja enganado, mas conto com sensores espalhados por vários cantos que, ao duvidar da iniciativa restauradora do prefeito dos prefeitos, boto o meu na reta sem a menor dúvida.
DOMESTIFICAÇÃO
Marcelo Lima já deu sinais de que está sendo domesticado por mandachuvas da região. A impressão que transmite é de que supostamente seria ele, Marcelo Lima, o senhor dos mandachuvas e mandachuvinhas. Talvez até o seja no futuro, mas por enquanto está enjaulado sob preceitos de quem tem mais experiência no jogo de poderes.
Até porque Marcelo Lima pisa em ovos. É possível que pretenda fazer omeletes de quem o acalenta no momento. Marcelo Lima é um caso a ser estudado. E é o que tenho obrigação social de fazer. Tomara que o resultado seja positivo.
O Conselho Regional de Economia, que seria o grande lance na história do Clube dos Prefeitos, não passará pela vontade dos integranrtes do Clube dos Prefeitos. Eles não querem dividir holofotes com gente especializada em proposta e soluções. Querem mesmo o palco somente para eles. Por mais que o palco, também picadeiro, ou principalmente picadeiro, custe uma enormidade para o Grande ABC. Imaginem então quanto custará com os chineses deitando e rolando no setor automotivo, nossa Doença Holandesa inquietante.
MAIS QUE PODER
O erro dessa turma é achar que todos que eventualmente participem do Conselho Regional de Economia estariam com olhos postos no poder. Eles, os poderosos de plantão, só pensam no poder. E acham que todos querem o poder.
Cidadania, altruísmo, regionalismo, companheirismo, tudo isso, para os mandachuvas e mandachuvinhas, é esperteza. Essa maldita mania de olhar para o próprio espelho torna a sociedade cada vez mais servil e desorganizada. Até porque está entretida com o ambiente nacional polarizado.
O Conselho Regional de Economia seria uma espécie de departamento do Clube dos Prefeitos. Algo que jamais foi implantado na configuração que este jornalista detalharia diante do interesse dos prefeitos dos prefeitos que estão mais perdidos que barata no galinheiro diante da enormidade de ignorâncias conjuntas que se multiplicam quando se trata de regionalidade.
Não se trata de uma crítica, essa constatação. Apenas uma ponderação lógica porque os prefeitos-prefeitos que frequentam e frequentaram o ambiente regional pouco acumulam de conhecimento.
Mais não pretendo revelar sobre a proposta que oferecia gratuitamente ao prefeito dos prefeitos, apesar de entender que alguns pontos precisariam ser previamente colocados à mesa para evitar interpretações equivocadas neste mundo em que a materialidade ambiciosa domina mentes de cafajestes e canalhas espalhadas tanto nas redes sociais como na mídia tradicional.
CLÁUSULAS PÉTREAS
Vou fazer breve exposição do que chamaria de cláusulas pétreas para que o Conselho Regional de Economia saltasse para a realidade dentro da configuração minimamente e irreversivelmente indispensável.
Ou seja: a fórmula mágica de atuação do Conselho Regional de Economia do Clube dos Prefeitos só seria revelada e levada a cabo diante da garantia pública de que os preceitos definidores da atuação dos integrantes seriam aprovados e respeitados. Fora isso seria um tiro no escuro.
Chega o papelão que o prefeito Paulinho Serra patrocinou ao concordar com um conselho de assessoramento proposto por este jornalista, nomes definidos e, na hora do vamos ver, tudo ruiu. Prevaleceu o desrespeito ao que foi tratado. Azar dele, porque seguiu cultivando uma mediocridade alucinante. Terminou dois mandatos como o Rei da Perfumaria.
O Conselho Regional de Economia do Clube dos Prefeitos,portanto, só sairia do ponto de partida sugerido se houver de fato comprometimento dos prefeitos que integraram um colegiado que se anuncia reformista, mas que dá sinais mais que evidentes de que será muito mais do mesmo, trilhando ao que parece os descaminhos de um populismo enganador.
MUITA ENGANAÇÃO
Tanto enganador que de Clube dos Prefeitos passaria a ser também Clube dos Vereadores, Clube dos Deputados, Clube das Primeiras-Damas, Clube dos Garçons, Clube do Clube de todos os clubes que não passam de réplicas pioradas do próprio Clube dos Prefeitos.
Alguém tem dúvida ou é certo que o somatório e o multiplicatório de clubes diversos que temos na região mais acrescentariam a possibilidade de diarreia de incompetência coletiva? É claro que, dadas as circunstâncias, todos esses clubezinhos teriam de ter forte relação com os grupistas que fizeram de interesses próprios a engabelação de que finalmente teremos uma regionalidade para valer.
Deixando tudo isso às claras e sem nenhuma preocupação de ser politicamente correto, porque estamos vivendo no Grande ABC os piores anos da história sob a ótica de relacionamentos sociais prospectivos, algo que poderia ensejar um futuro supostamente melhor, não tenho dúvidas de que o Conselho Regional de Economia seria uma ruptura histórica.
Entretanto, para tanto, está na dependência principalmente do prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima. E não consigo, até agora, visualizar um Marcelo Lima reestruturante. Estou escorado, inclusive, no que já está anunciando na Prefeitura de São Bernardo. Algo que de tratarei outro dia. Mas coisa boa não é.
Vejam alguns dos pontos essenciais à composição do Conselho Regional de Economia do Clube dos Prefeitos:
1. Que não haja remuneração financeira dos participantes no Conselho Regional de Economia.
2. Que indicação e posse dos integrantes do Conselho Regional de Economia não passem por qualquer subordinação interna do Clube dos Prefeitos.
3. Que, preferencialmente, mas não de forma impeditiva, participantes Conselho Regional de Economia não tenham vínculos empregatício com a Administração Pública Municipal.
4. Que o Conselho Regional de Economia não tenha relação de comando fora do próprio organismo.
5. Que o Conselho Regional de Economia tenha encontro bimestral com a direção do Clube dos Prefeitos para efeitos de informações sobre os trabalhos realizados e eventuais medidas a serem sugeridas.
6. Que o Conselho Regional de Economia disponha de infraestrutura física no Clube dos Prefeitos para reuniões presenciais.
7. Que o Conselho Regional de Economia tenha ampla liberdade de comunicação, seguindo roteiro de medidas aprovadas internamente.
8. Que o Conselho Regional de Economia tenha independência para realizar e participar de eventos.
9. Que o Conselho Regional de Economia tenha alternativas de suporte de comunicação sem que a iniciativa incida em custo ao Clube dos Prefeitos.
10. Que o Conselho Regional de Economia conte com suporte das prefeituras na obtenção de eventuais dados longe do alcance das demais esferas de governo.
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24/04/2025 GRANDES INDÚSTRIAS CONSAGRAM PROPOSTA